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Anorexia Nervosa

As perturbações do comportamento alimentar (anorexia nervosa, bulimia nervosa e binge eating) são problemas psicopatológicos sérios que afectam principalmente as mulheres jovens. 

Em relação à Anorexia Nervosa estima-se que exista entre 0,5 a 1% das mulheres no final da adolescência. 

A Anorexia Nervosa é uma doença que afecta, sobretudo, jovens adolescentes do sexo feminino. Pode no entanto ocorrer em pessoas de ambos os sexos e das mais variadas idades.

A característica mais comum é a perda de peso, associada a uma progressiva mudança de comportamento.

Habitualmente inicia-se como uma dieta normal, em que a restrição alimentar se torna cada vez mais progressiva. A certo ponto já não é a pessoa que controla a sua dieta, a dieta passa a dominar a sua vida. Estes doentes, começam a perder o contacto com os amigos, a perder interesse nas suas actividades, progressivamente, vão deixando de se interessar por tudo aquilo que não seja a perda de peso.

As tentativas para lhes fazer diminuir, ou acabar, com a restrição alimentar, são normalmente encaradas com muita resistência. É habitual que se criem conflitos com a família e com os amigos… O inicio de discussões, ameaças e suborno, acerca de questões alimentares são razões suficientes para desconfiar de um caso de Anorexia Nervosa.

É habitual surgirem comportamentos obsessivos na cozinha, preocupando-se com questões como a arrumação, a pesagem e a quantificação das calorias dos alimentos, as horas exactas de tomar as refeições. É habitual que as pessoas com Anorexia Nervosa cozinhem para a família, encorajando-a a comer.

Passado algum tempo, os seus argumentos, face à sua visível perda de peso e fraca alimentação, diminuem, a “dependência” aumenta e o seu comportamento passa a afectar, e a controlar, todos aqueles que a rodeiam.

Qual a causa?

Existem alguns aspectos nas causas para a Anorexia Nervosa que ainda são desconhecidos. Mas sobre aquilo que é conhecido, existem diversos factores que juntos poderão provocar esta doença.

Esses factores incluem: a natureza da personalidade da rapariga em causa; aspectos familiares - como por exemplo, a forma de relacionamento entre membros da família - e eventuais problemas que tenha fora de casa, sobretudo na escola.

Existe ainda uma causa que pode aumentar o risco de vir a sofrer de Anorexia Nervosa: a predisposição genética, ou seja, haver na família alguém que sofra da mesma doença.

O “gatilho” para a Anorexia Nervosa, é a perda de peso sem justa causa, normalmente encarada com uma pequena dieta para reduzir “gordurinhas”.

As personalidades destas raparigas são caracterizadas por serem conformistas, disciplinadas e trabalhadoras.

Comparativamente a outras raparigas da mesma idade, as anorécticas parecem ter no seu comportamento uma maior sensibilidade, tendendo a ser mais obsessivas, organizadas, muito meticulosas e cuidadosas.

Estas características marcam, normalmente, presença antes de sofrerem Anorexia Nervosa e acentuam-se com o desenvolvimento do distúrbio alimentar.

Os pais dos anorécticos depositam, normalmente, nos filhos grandes expectativas. Mas a Anorexia Nervosa é uma doença que dificilmente lida com a imposição dos valores criados pelos progenitores, pois as anorécticas estabelecem excessivos padrões para si próprias.

Existem dois tipos de Anorexia Nervosa:

  • Anorexia Nervosa Restritiva - É caracterizada por uma dieta rigorosa e recusa em manter um peso normal;

  • Anorexia Nervosa Compulsiva/Purgativa (também designada por Anorexia Nervosa Bulimica) - Aqui predominam as crises bulimicas e os comportamentos para evitar o aumento de peso.

Quais são as consequências?

São graves e muitas vezes podem por a pessoa em risco de vida!

ancons

Como se trata?

O primeiro passo no tratamento da Anorexia Nervosa é também o mais difícil de dar: antes de tudo, é preciso que o doente admita e assuma que tem um problema.

O tratamento é complexo e muitas vezes demorado. Envolve obrigatoriamente uma equipa de vários profissionais: psiquiatras, psicólogos, nutricionistas, terapêutas familiares, endocrinologistas, médicos de medicina geral.

O principal tratamento é a psicoterapia, em que é a trabalhada a relação com o corpo e a focalização dos mais variados problemas no corpo e na alimentação. A educação e a compreensão da condição é também essencial. O tratamento farmacológico é habitualmente pouco eficaz, sendo reservado para fases de manutenção ou para o tratamento de outras doenças associadas como a depressão, a doença bipolar ou a ansiedade. As consequências da Anorexia tem também de ser tratadas, como a osteoporose, a anemia os desequilibrios dos iões do sangue.

É obrigatório envolver a família e as pessoas chegadas ao doente.

Em casos gravos poderá ser preciso internar.

Diogo Guerreiro



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